quarta-feira, 15 de julho de 2009

Joaquim José Alves

(PUBLICADO NO CORREIO DO RIBATEJO DE 12 DE MAIO DE 1995)

Desta vez vamos referir um barquinhense.

Nasceu a 23 de Março de 1831.

Formou-se pela Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa e é nomeado farmacêutico de primeira classe do Hospital da Marinha, sendo graduado em primeiro-tenente da armada.
Já exercia funções neste hospital desde 1854.

A convite, vai reger a cadeira de Toxicologia e Farmácia, em 1857, para a Escola Médico Cirúrgica, por impedimento do professor efectivo.

Obtém na Universidade de Bruxelas, o grau de doutor em Ciências, defendendo a tese “Sur Les Acides Organiques”, o que sucedeu em 1858.

Este trabalho veio a merecer uma tradução para espanhol.

Foi eleito vereador para a C. M. de Lisboa de 1869 a 1882 e por três vezes representou na Câmara Legislativa um dos círculos da capital do País.


[Vila Nova da Barquinha de outros tempos]

Chamado com frequência aos tribunais para exames médico-legais, alguns dos seus relatórios vieram a ser publicados no jornal da Sociedade Farmacêutica Lusitana.
O relatório da análise da água do Arsenal da Marinha, de que foi incumbido, foi publicado no “Diário do Governo” de 26 de Setembro de 1866.

Sob a sua direcção foi publicado o relatório da comissão de peritos encarregada da análise química das vísceras do infante D. João, filho de D. Maria II, irmão de D. Pedro e de D. Luís e falecido em 1861 com 19 anos, possivelmente vítima de peste, como seu irmão o rei D. Pedro V.

Foi sócio das mais importantes corporações científicas portuguesas e fez parte do Conselho Nacional de Saúde Pública.
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