sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Francisco de Brito Freire

(PUBLICADO NO CORREIO DO RIBATEJO DE 23 DE FEVEREIRO DE 1996)

Coruchense que nasceu em fins da segunda década do século XVII.

Capitão de Cavalos da Província da Beira, foi Governador da Praça de Juromenha no Alentejo e foi conselheiro de guerra.

Duas vezes almirante da armada portuguesa no Brasil, assinou as capitulações com os holandeses, em 26 de Janeiro de 1654, de que resultou a recuperação de Pernambuco. Esta actividade deu-lhe oportunidade de escrever os dois livros que nos deixou: Nova Lusitânia, História da Guerra Brasílica, que dedicou à Memória do Príncipe D. Teodósio, filho de D. João IV, Lisboa 1675” e Relação da Viagem que fez ao Brasil.
Tendo sido nomeado em 24 de Março de 1669 para conduzir o Rei destituído, D. Afonso VI, à Ilha Terceira, recusou-se a aceitar tal missão, apesar de lhe haverem oferecido o título de Visconde e de governador perpétuo da ilha.

Do mais vivo interesse neste historiógrafo é a sua teoria sobre a escravatura. Não duvida de que o homem nasce isento por lei da natureza e direito das gentes e só “a tirania da fortuna e a crueldade da guerra introduziram o contrário”.

Brito Freira faleceu em 1692.
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Boletim da Junta de Província do Ribatejo, 1937/40
Vida Ribatejana, nº especial e comemorativo dos centenários, 1940
Cultura Portuguesa, Vol. 7, Hernâni Cidade e Carlos Selvagem