terça-feira, 18 de maio de 2010

P. António Reis



(PUBLICADO NO CORREIO DO RIBATEJO DE 12 DE JANEIRO DE 1996)


Nasceu em Pernes em 1690 e filho de António Cardoso de Carvalho e de Ana dos Reis.

Era irmão por isso do P. Luís Cardoso que antes referimos.

Iniciou os seus estudos com os Jesuítas mas vem a integrar-se na Congregação do Oratório de Lisboa, professado em 31 de Julho de 1707.

Foi Mestre de Teologia Moral e cronista da sua Ordem, Qualificador do Santo Ofício, consultor da Bula da Cruzada, examinador Sinodal do Patriarcado de Lisboa e das três Ordens Militares, historiador latino do Reino, por carta de 6 de Junho de 1726.

Foi escolhido por D. João V para ser membro da Academia Real da História de Portugal, fundada em 1720 e seu Censor.

Rejeitou a Mitra de Pequim e o Arcebispado de Braga que lhe tinham sido oferecidos por D. João V.

Tornou-se conselheiro do rei que o ouvia com frequência acerca da governação do Reino.

Falava castelhano, francês e italiano, além de ser eminente latinista.

Orador sagrado de largos recursos e poeta latino, faleceu em 19 de Maio de 1738, vítima de febre maligna, deixando uma vasta obra literária na qual se englobam:- “Corpus Illustrium Poetarum Lusitanorum qui latine Scripserunt. Etc.” em 8 volumes (1745/48); “Enthusiasmun Poeticum” em primorosos versos heróicos; “História Regni Lusitaniae”; “Novena de Santa Rosa Viterbo”; “Arte de Bem Morrer” e uma crónica sobre a vida do Conde de Ericeira.
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Lello Universal, Dicionário Enciclopédico Luso-Brasileiro, Porto, 1975
Dicionário de História de Portugal, dir. Joel Serrão
Boletim da Junta de Província do Ribatejo, 1937/40
Pernes, Terra Antiga do Bairro Ribatejano, Mário Rui Silvestre