sábado, 21 de dezembro de 2013

António Gavino


António Máximo Gavino Simões do Couto, conhecido por todos como Maestro António Gavino, nasceu na Golegã a 18 de Abril de 1923.

Autodidacta foi um predestinado para a música.

Em 1941 faz parte do Orfeão Scalabitano onde se constitui um Quarteto Vocal composto por ele, António Alfaiate, Casimiro Silva e Mário Clemente que cantava para a Emissora Nacional.

Começa a escrever música para algumas letras que lhe apresentavam e dirige o conjunto Os Rambóias para o qual também compunha. O Conjunto em 1944 ganhou o 1º Prémio de “Artistas Ligeiros” da Emissora Nacional.

A sua predilecção musical vai para a música popular portuguesa a quem prestou grande contributo.

Extremamente dinâmico e empreendedor, funda a Orquestra Típica Scalabitana que se exibe pela primeira vez em 1946.

A Orquestra Típica Scalabitana integra-se em 1947 no Orfeão Scalabitano como uma das suas secções. Tendo então apenas 23 anos. A sua veia criadora produz composições que constituem verdadeiros hinos a Santarém e principalmente ao Ribatejo, como é A Marcha Ribatejana, uma entre muitas.

Mas António Gavino não pára e em 1955 integra o Coral e Orquestra Folclórica do Círculo Cultura de Rio Maior que também criou, para dois anos depois ser a vez do Coral e Orquestra Típica de Alcobaça, igualmente da sua fundação.

Parte em 1961 para Moçambique onde funda a Orquestra Típica do Rádio Clube de Moçambique de que é regente artístico até regressar a Portugal em 1975.

Em 1965 foi considerado o Melhor Compositor do Festival de Imprensa de Lourenço Marques.

Ao regressar a Portugal volta a dirigir a Orquestra Típica Scalabitana, mas em 1981 já se encontra a trabalhar no Coro e Orquestra Típica de Rio Maior que dirigiu até ao seu falecimento ocorrido aos 82 anos a 21 de Junho de 2005.

Foi autor de mais de 1600 orquestrações.

Além da já referida Marcha Ribatejana (1994) Do Lado de cá do Tejo (1982), Borda d`
Água (1985), Quando havia milho-rei (1985) Lezíria Verde (1985), 45 Anos depois (1991), Baile da Adiafa (1991) são outras das mais conhecidas composições.

Em 1962 foi distinguido com o “Óscar da Imprensa” em 1985 no “Festival Internacional de Música Longiuneau” de França, em 1989 no “Festival Internacional de Orquestras de Villarreal (Espanha), em 1995 no “Festival de Artes de Macau” e no ano seguinte no “Troféu Vida Ribatejana”, Vila Franca de Xira.

Em 1991 foi considerado Sócio de Honra da Casa do Ribatejo, em Lisboa, devido aos seus méritos artísticos e a Câmara Municipal de Rio Maior atribui-lhe a Medalha do Concelho como reconhecimento da dedicação que sempre demonstrou por esta terra e é considerado Sócio Honorário da Associação Cultural do Concelho de Rio Maior.

Três anos depois, a cidade de Santarém considera-o Scalabitano Ilustre e condecora-o com a Medalha de Ouro da Cidade (1996).

Também em 1996 é a vez da sua terra natal lhe conceder a Medalha de Mérito da Câmara Municipal.

O INATEL não deixa de o homenagear pelo elevado contributo na valorização da música popular portuguesa.

António Gavino, uma grande figura do Ribatejo.

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“Fundador da Orquestra Típica Scalabitana – Faleceu António Gavino”. O Ribatejo de 23 de Junho de 2005.




cons. Em 20.12.2013