segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Clemente José dos Santos


Clemente José dos Santos nasceu em Vila Franca de Xira a 5 de Janeiro de 1818, era filho de João dos Santos e de sua mulher Maria Rita, faleceu em Lisboa a 2 de Outubro de 1892.

É educado na Casa Pia de Lisboa onde revelou a sua grande capacidade intelectual. Neste sentido vai frequentar aulas de taquigrafia que funcionavam junto do Parlamento, onde acaba por ser nomeado professor e Chefe de Serviços dessa especialização.

Mais tarde, é na Câmara dos Pares Director-Geral e Lente da mesma matéria.

Casou em 13 de Julho de 1846 com Rosa Loureiro dos Santos.

Sendo um profundo estudioso aproveitou os 40 anos junto das instâncias nacionais para coligir elementos que lhe serviram para compor os Documentos para a História das Cortes Gerais da Nação Portuguesa, que deu a público em 8 volumes. Oliveira Marques considera esta obra como excelente e valiosa publicação. Preparou também Memórias e Biografias Parlamentares que infelizmente não concluiu. Contudo completou e deu a público obras de grande importância para o nosso Parlamento como Cérémonial de la Cour de Portugal., Récéption des Ministres Étrangers, Audiences et Présentations, Lisbonne, 1891; Fórmula Adoptada para Recepção, Juramento e Posse dos Príncipes e Infantes na Câmara dos Dignos Pares do Reino e Relação dos Factos Ocorridos em 1836, 1876 e 1891, Lisboa, 1891

Possuindo grande inteligência e sendo um profundo trabalhador constituiu-se um auxiliar precioso dos vários Presidentes da Câmara dos deputados.

Por Decreto de D. Luís de 16 de Junho de 1887 e Carta de 16 de Setembro do mesmo ano, foi criado 1º Barão de S. Clemente do Conselho de Sua Majestade, Fidalgo da Casa Real, Director Geral na Câmara dos Deputados, escritor, Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, Sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa, Membro da Comissão Administrativa do Asilo de Santa Catarina , Sócio da Real Associação dos Arquitectos Civis e Arqueólogos Portugueses, Taquígrafo das Cortes, Bibliotecário-Mor das Cortes e Comendador da Ordem de Santiago.

No Parlamento recebeu por diversas vezes honrosos elogios de oradores de todos os partidos que muito o estimavam, prestando ajuda a todos os que dele precisavam.
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Dicionário Corográfico de Portugal Continental e Insular, de Américo Costa, Vol. X, Porto, 1948, p.857
Portugal – Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico, Vol VI, pág. 673. Edição em papel, 1904 – 1915, João Romano Torres.Edição electrónica, 2000 – 2010, Manuel Amaral.
História Genealógica da Casa Real Portuguesa, Vol. XV, 2007, p 493
Antologia da Historiografia Portuguesa, org. de Oliveira Marques, II Vol. Publicações Europa-América, 1975, p 100.
Boletim da Junta de província do Ribatejo, 1937 – 40 (Dir. Abel da Silva) Bertrand (Irmãos), 1940, p 676.
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