sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Arantes de Oliveira




Eduardo Arantes de Oliveira nasceu em Tomar em 1907 e faleceu em 1982.

Frequentou o Colégio Militar, realizou os estudos preparatórios de engenharia na Escola Politécnica de Lisboa, passando depois para a Escola do Exército onde se forma em engenharia militar em 1923. Entre esta data e 1926 frequenta na Faculdade de Ciências de Lisboa as cadeiras preparatórias do curso de engenharia civil da Antiga Escola Militar, curso que termina em 1929. Nesta altura, é promovido a alferes e em 1947 é major. E cinco anos depois passa à reserva.

Foi professor nos cursos de engenharia militar e do Instituto Profissional dos Pupilos do Exército

Arantes de Oliveira foi, fundamentalmente, um engenheiro mais do que um militar. Mas igualmente um político.

Dedicou muito da sua actividade de engenharia à hidráulica sanitária, tendo publicado a obra “Os Esgotos de Lisboa” a mandato da Câmara Municipal de Lisboa de que foi Director dos Serviços de Urbanização e Obras até 1947.

Quanto à habitação foi dos principais responsáveis pela concepção e planeamento do Bairro de Alvalade em Lisboa.

Toma posse no dia 2 de Abril como primeiro director do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

Em 1954 Salazar chama-o para Ministro das obras Públicas em substituição de José Frederico Ulrich, funções que desempenha até 12 de Abril de 1967. Nesta pasta desenvolveu a electrificação do país e foi o motor de variadíssimas construções, como a ponte sobre o Mondego em Coimbra, o Palácio da Justiça em Lisboa e o Padrão dos Descobrimentos, entre outras. Também mereceu o seu cuidado a Ponte Salazar, hoje 25 de Abril.

A 4 de Abril de 1967 toma posse do lugar de presidente do Conselho Superior de Fomento Ultramarino e em 13 de Setembro desse ano é Administrador da Companhia dos Diamantes de Angola.

É nomeado Governador-Geral de Moçambique em 1970, numa altura em que começa o projecto da Barragem de Cahora-Bassa, lugar que ocupa até 1972.

Nunca se filiou na UN, mas Marcelo Caetano “obrigou-o”a aderir à ANP.

Homem sem política marcada, havido como técnico de alta envergadura, recrutado pela sua lucidez e capacidade de realização e da escola de Duarte Pacheco, é como o define Franco Nogueira.

Era Doutor honoris causa pela Universidade de Lisboa (Faculdade de Ciências) e possuidor da Grã-Cruz da Ordem de Cristo, da Ordem de Santiago de Espada, da Ordem do Infante D. Henrique e das brasileiras, Ordem do Cruzeiro do Sul e Ordem do Rio Branco.

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Dicionário de História do Estado Novo, Vol II, Bertrand Editora, 1996.

www.lnec.pt/apresentacao/arantespai

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