Eduardo Arantes de Oliveira
nasceu em Tomar em 1907 e faleceu em 1982.
Frequentou o Colégio Militar,
realizou os estudos preparatórios de engenharia na Escola Politécnica de
Lisboa, passando depois para a Escola do Exército onde se forma em engenharia
militar em 1923. Entre esta data e 1926 frequenta na Faculdade de Ciências de
Lisboa as cadeiras preparatórias do curso de engenharia civil da Antiga Escola
Militar, curso que termina em 1929. Nesta altura, é promovido a alferes e em 1947
é major. E cinco anos depois passa à reserva.
Foi professor nos cursos de
engenharia militar e do Instituto Profissional dos Pupilos do Exército
Arantes de Oliveira foi,
fundamentalmente, um engenheiro mais do que um militar. Mas igualmente um
político.
Dedicou muito da sua actividade
de engenharia à hidráulica sanitária, tendo publicado a obra “Os Esgotos de
Lisboa” a mandato da Câmara Municipal de Lisboa de que foi Director dos
Serviços de Urbanização e Obras até 1947.
Quanto à habitação foi dos principais
responsáveis pela concepção e planeamento do Bairro de Alvalade em Lisboa.
Toma posse no dia 2 de Abril como primeiro director do
Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
Em 1954 Salazar chama-o para Ministro das obras Públicas em
substituição de José Frederico Ulrich, funções que desempenha até 12 de Abril
de 1967. Nesta pasta desenvolveu a electrificação do país e foi o motor de
variadíssimas construções, como a ponte sobre o Mondego em Coimbra, o Palácio
da Justiça em Lisboa e o Padrão dos Descobrimentos, entre outras. Também
mereceu o seu cuidado a Ponte Salazar, hoje 25 de Abril.
A 4 de Abril de 1967 toma posse do lugar de presidente do
Conselho Superior de Fomento Ultramarino e em 13 de Setembro desse ano é
Administrador da Companhia dos Diamantes de Angola.
É nomeado Governador-Geral de Moçambique em 1970, numa
altura em que começa o projecto da Barragem de Cahora-Bassa, lugar que ocupa
até 1972.
Nunca se filiou na UN, mas
Marcelo Caetano “obrigou-o”a aderir à ANP.
Homem sem política marcada, havido como técnico de alta envergadura,
recrutado pela sua lucidez e capacidade de realização e da escola de Duarte
Pacheco, é como o define Franco Nogueira.
Era Doutor honoris causa pela
Universidade de Lisboa (Faculdade de Ciências) e possuidor da Grã-Cruz da Ordem
de Cristo, da Ordem de Santiago de Espada, da Ordem do Infante D. Henrique e
das brasileiras, Ordem do Cruzeiro do Sul e Ordem do Rio Branco.
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Dicionário de História
do Estado Novo, Vol II, Bertrand Editora, 1996.
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