domingo, 9 de fevereiro de 2014

Custódio Maldonado Freitas


Ribatejano que há muito conhecia de nome mas não fazia a mínima ideia que fosse natural da freguesia de Atalaia, concelho de Vila Nova da Barquinha.

Nasceu na dita aldeia a 13 de Julho de 1886 mas veio cedo para Caldas da Rainha onde veio a falecer em 15 de Abril de 1964.

Depois de frequentar a Escola de Farmácia do Porto vem para Caldas da Rainha por volta de 1905 e em 1910 já possuía a sua farmácia nesta povoação, em franco desenvolvimento.

De fortes e convictas ideias republicanas tornou-se membro maçónico (Loja Fraternidade de Óbidos) e adepto da carbonária.

Preso por motivos políticos várias vezes, a primeira e durante 70 dias deu-se ainda durante a Monarquia.  Voltou ao cárcere entre 1947-03-21/1948-04-24.

Vem a ter acção destacada na proclamação da República em Caldas da Rainha.

Em 1911 e devido à Lei da separação da Igreja do Estado, o que foi aprovado, reúne-se na Foz do Arelho em casa de outro grande republicano, Francisco de Almeida Grandela, igualmente ribatejano, com figuras gradas do republicanismo, como o Dr. Afonso Costa, Sebastião Lima e o deputado Afonso Ferreira, entre outros.

Passa então a ser o Administrador do concelho de Caldas da Rainha e o Presidente da Comissão Administrativa do Hospital local, Rainha D. Leonor.

Na Rotunda de Caldas  por volta de 1915, lidera um grupo de marinheiros, consegue a devolução da Câmara aos Republicanos.

Foi deputado da Nação e delegado do Ministério da Agricultura (1920) e Presidente do Município.

Criou e dirigiu os Jornais “Direito do Povo” e “Regionalista”.
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“Figuras Notáveis do Ribatejo”, Correio do Ribatejo por Jorge Ramos.