quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

José Maria de Moura


Teria nascido em Vila Franca de Xira em 1772, originário de uma família abastada seguiu a carreira militar, alistando-se em 1795.

Em 1808 organizou em Plymouth, com emigrados portugueses, a Legião Lusitana, conduzindo-a em seguida para o Porto,

D, Afonso VI fê-lo sub-inspector de Artilharia no Rio de Janeiro e agraciou-o com a Comenda de Sta. Eufémia da Vila de Penela, da Ordem de Avis, tendo em consideração os serviços que prestou durante a Guerra Peninsular.

Comandou o Regimento de Artilharia nº 3 de 1811 a 1819.

Em 1819 é elevado por D. João VI ao posto de brigadeiro, sendo depois promovido ao posto mais elevado, ou seja, tenente-general.

É nomeado em 1821 Governador de Armas de Pernambuco (Brasil), funções que exerceu até Dezembro do ano seguinte.

Assume depois o Governo da Província do Grão Pará em 1 de Abril de 1822, notabilizando-se pelo comando das tropas portuguesas acantonadas em Belém e que combateram na Guerra da Independência do Brasil até à sua capitulação em 15 de Agosto de 1823, altura em que se retiraram para Portugal.


O Brasil tornou-se independente de Portugal em 7 de Setembro de 1822, mas o Grão-Pará não aceitou o governo Brasileiro e preferiu ficar ligado a Portugal.

Foi grande a excitação passada nesta Província onde o cónego Batista Campos apoiado por comerciantes brasileiros consegue reunir um número suficiente de pessoas para jurar fidelidade à Constituição Lusitana, isto em 1823. Depois a Junta Governativa pelo Imperador, os rebeldes exigiram a formação de um governo popular sob a chefia de Baptista Campos.

Vários movimentos tiveram lugar uns com vista à inclusão no Brasil e outros à ligação a Portugal.

O brigue do capitão Greenfell, em nome do Imperador e em 15 de Agosto de 1823 deu uma salva de 21 tiros proclamando a adesão do Pará à Independência do Brasil, tendo havido durante este período um grande número de vítimas de ambos os lados.

Escreveu: Exposição dos motivos pelos quais o marechal de campo José Maria de Moura não tem podido ir para o Porto, reunir-se ao exército de S.M.F. a Rainha de Portugal, do comando do seu augusto pai o duque de Bragança. Dunquerque, 1833.

Reparar que a cidade de Santarém, junto ao Amazonas, faz parte de Grão-Pará.

José Maria de Moura veio a falecer na sua terra natal a 10 de Janeiro de 1836

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Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol. 18, p. 20.

Enciclopédia Mirador Internacional, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasil, 1981, Vol. 16, p.8553.


http://parahistorico.blogspot.pt/2009/02/adesao-independencia-e-rebelioes-no.html
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